A cidade de Santa Rosa do Purus, interior do estado do Acre, enfrenta uma situação de extrema urgência devido à enchente do Rio Purus, que atingiu níveis históricos no último dia 26 de fevereiro, marcando 11,12 metros e ultrapassando a marca registrada na última grande enchente, em março de 2021, que chegou a 10,13 metros. A prefeitura, por meio das Secretarias Municipais de Agricultura, Assistência Social e Educação, mobilizou esforços para avaliar as perdas nas comunidades ribeirinhas e indígenas, realizando um levantamento minucioso no período de 29 de fevereiro a 03 de março, de quinta-feira a domingo.
O desastre atingiu cerca de 1100 pessoas na área rural, conforme registros do Corpo de Bombeiros e da Coordenadoria de Defesa Civil Municipal.
“As consequências nefastas não se limitam apenas às famílias diretamente atingidas, mas se estendem aos agricultores locais, cujo plantio de banana, macaxeira, amendoim, arroz, milho e mamão foi prejudicado em 90%”, como informou o Secretário Municipal de Agricultura, Jorge Carvalho.
Em entrevista, Carvalho destacou, também, a preocupação da Secretaria Municipal de Agricultura em atender às necessidades da população ribeirinha e indígena, cuja subsistência depende da agricultura e da pesca. "Estamos buscando atender a população ribeirinha e indígena, realizando esse levantamento para que possamos atender da melhor forma possível", afirmou o secretário. Além disso, foi enviado um ofício ao Superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Acre – SENAR, Mauro Marcelo Gomes, solicitando apoio para os agricultores locais.
A psicóloga do Centro de Referência da Assistência Social, Daniele Santos, ressaltou a abordagem integral da prefeitura ao verificar não apenas os danos materiais, mas também o impacto psicológico na comunidade indígena e ribeirinha. "O prefeito se preocupou com a comunidade indígena e ribeirinha, por isso, fomos verificar do que foi perdido e quem foi atingido. Todo mundo foi atingido, porque os que não foram afetados diretamente em suas residências tiveram sua agricultura familiar prejudicada", explicou Santos.
“A situação de vulnerabilidade entre os ribeirinhos é agravada pela dependência da agricultura e pesca para subsistência, tornando a ajuda humanitária essencial. Vale ressaltar, que a prefeitura já recebeu apoio da Secretaria Extraordinária de Povos Indígenas do Estado (Sepi), com a colaboração de Francisca Arara, que disponibilizou 400 cestas básicas, 100 kits de higiene pessoal, 100 kits de limpeza e 50 redes para oferecer suporte tanto aos ribeirinhos quanto aos indígenas que residem na área urbana. Ações conjuntas como essas visam minimizar os impactos do desastre e garantir o auxílio necessário às famílias afetadas”, afirmou a psicóloga.
Assessoria de Comunicação de Santa Rosa do Purus
Redação: Samuel Lima
Foto: Cedidas.
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